quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Crédulos, romenos, dentes de "oiro", e semáforos. Mas nada de atrasados mentais.

Descobri recentemente existir uma relação simpática entre as pessoas que emprenham pelos ouvidos e a ausência de romenos a pedir nos semáforos.

Quando existe uma pessoa que emprenha pelos ouvidos numa dada cidade, há uma forte probabilidade dos romenos que deambulam pela economia paralela dessa cidade não precisarem de andar a pedinchar nos semáforos.

É?

É. Claro que é preciso que os romenos topem qual o itinerário escolhido pelo crédulo*. Assim que o conseguem fazer, basta repetir todos os dias que o pai morreu no ultramar, em Angola, há 12 anos e meio atrás, ao pisar uma menina que rebentou, ou que um dos filhos nasceu com o braço do irmão mais velho espetado na coxa, e que agora não pode trabalhar por causa disso (aqui convém dizer derivado disso, é mais convincente).

Também resulta dizer que a esposa sofre de prostituição, que é coisa que o crédulo é muito bem capaz de não saber o que é, ou até, quiçá, de simpatizar com a "doença".

E assim, os romenos dessa cidade vivem bem e com dentes de "oiro", e não infestam os transeuntes dos semáforos com piolhagens.

E os crédulos que emprenham pelos ouvidos vivem felizes. Ou não, ou não.


* - Há quem os denomine de idiotas, ou totós. Mas eu prefiro denominá-los de crédulos, ou, quando estou um pouco mais agreste, de atrasados mentais.

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